Quando alguém lhe faz essa pergunta, rapidamente você responde "Claro que livre". Então lhe faço um convite à reflexão, com outras perguntas: Você está realmente livre? Quem é você? Você é realmente aquilo que você quer, ou aquilo que os outros querem que você seja? Você é responsável pelos seus erros e acertos, seus fracassos e vitórias, ou são outros os responsáveis?
Todas essas perguntas nos remetem a metáfora do estagnado:
A qual faz levar o cliente a refletir sobre as escolhas feitas ao longo da sua história-vida, a de ser livre e assumir suas responsabilidades ou ficar preso, estagnado em sua vitimização.
É comum o ser humano se queixar que algo o impossibilita de alcançar o sucesso desejado, se sentindo preso a uma situação. Faz numa construção mental uma autosabotagem, em que não se permite alcançar o sucesso tão desejado. Muitas vezes movido pelo medo de "dar certo" e não saber lidar com o "novo", ou por não saber como será a aceitação das pessoas em relação a si, mesmo com um grande desejo de avançar acaba sempre responsabilizando o outro por seu insucesso, prendendo-se assim a um ciclo de autosabotagem, já que esse “terreno” é conhecido, e lhe traz uma "falsa segurança."
Muitas vezes estamos como que pássaros presos em gaiolas de portas abertas, com medo de arriscar vôos, de conhecer novos horizontes, responsabilizando seu dono de aprisioná-lo desde filhote apesar de que nunca lhe deixou faltar comida. E você? Está preso ainda na frase daquela professora do primário: "Você não faz nada direito", "Como será alguém na vida tirando essas notas vermelhas?", "Que letra horrível!", ou mesmo na frase do seu pai e\ou mãe dizendo "Seu irmão tira notas boas e você essa vergonha de nota!", "Você só sabe chorar, não faz nada direito", ou ainda, "Você estragou minha vida.”
A peça que representa o estagnado demonstra o quanto o indivíduo muitas vezes fica preso a si mesmo, se permitindo olhar o mundo atrás das suas próprias pernas que ao invés de o levarem a caminhar, por ser esta, uma posição cômoda, o impede de sair dela.
Ao acoplar a outra peça à inferior, o indivíduo ficará em pé, e ao visualizar que ele pode adotar essa nova posição e se responsabilizar por ela, toma sua história-vida em suas mãos, ao assumir os seus acertos e erros, começa a perceber que “em pé” consegue olhar o mundo por inteiro, não precisando se dividir, nem culpar o outro, é o que o faz sair da estagnação.
Tomando atitudes, ou “saindo do lugar” começa a perceber que ser livre só depende de si mesmo, das suas escolhas. Assim vai ficando cada vez mais fácil olhar para “dentro” e ressignificar as frases negativas ouvidas na infância, tomando-as como "força" de alcançar seu grande sonho, seu sucesso pessoal. Assim determina para si mesmo o que realmente é, não reforçando mais aquilo que os outros querem que seja. Ou seja, se torna responsável pela sua própria historia-vida.